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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Holanda e Brasil discutem cooperação para controle de inundações

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Comitiva composta por órgãos e entidades de gestão de recursos hídricos do Brasil conheceu as estratégias e ações realizadas pelo governo Holandês para o controle de eventos críticos. Igam apresentou o sistema de alerta do Rio Doce, ação que é referência no Brasil.

A diretora-geral do Instituto Mineiro de gestão das Águas (Igam), Marília Melo, participou, na última semana, do programa de intercâmbio de boas práticas em gestão de risco de inundação promovido pelo governo Holandês. Foram convidados para o evento representantes de diversas instituições brasileiras que trabalham com recursos hídricos e meio ambiente, entre elas Agência Nacional da Águas (ANA). O objetivo do encontro é continuar a cooperação para o processo de alerta de enchentes e preparar o workshop final, que será realizado no Brasil, no próximo mês. Visa, ainda, trocar experiências sobre a gestão de risco de inundação na Holanda e no Brasil.

Segundo Marília, que apresentou aos holandeses a estrutura de monitoramento hidrometeorológico de Minas Gerais, a gestão de enchentes na Holanda é uma questão de sobrevivência, já que o país tem quase metade do seu território com altitudes inferiores ao nível do oceano e, por isso, houve necessidade do desenvolvimento de um complexo sistema de diques e barragens para evitar inundações.

Durante a visita, a diretora-geral visitou o Ministério de Justiça e o de Infraestrutura e Meio Ambiente. Na ocasião, conheceu os programas de gestão de riscos de inundação e mudanças climáticas e a Política Nacional de Recursos Hídricos dos Países Baixos. Teve, ainda, a oportunidade de fazer uma visita técnica até um dos diques. “A Holanda tem uma estrutura incrível para controlar enchentes vindas dos rios e do mar”, informou.

O representante do Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda, Boris Teunis, afirma que a Holanda enfrenta um desafio enorme em relação às águas e que isso tem se agravado em função das mudanças climáticas, resultando em descargas fluviais mais elevadas e aumento do nível do mar. “Temos tentado nos adaptar às mudanças climáticas e melhorar a nossa gestão da água. Para suportar isso, estamos, continuamente, tentando trocar experiências com gestores de recursos hídricos que enfrentam problemas semelhantes. Por esta razão, temos parcerias com vários países, como os EUA, China, Indonésia, Vietnã e os nossos países vizinhos. Estamos entusiasmados com o desenvolvimento no Brasil em relação à gestão da água. Portanto, o intercâmbio de boas práticas sobre a gestão de risco de inundação é valioso para nós”, ressaltou.

Ana Seleme
Ascom Sisema

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