Operação Watu – Fase I fiscaliza eficácia de medidas emergenciais no rio Doce

Qua, 21 de Dezembro de 2016 13:03

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O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) realizou na primeira semana de novembro, entre os dias 7 e 11, uma operação de fiscalização ambiental denominada Watu – Fase I (rio Doce na língua indígena Krenake) para verificar o andamento das ações de recuperação ambiental das áreas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, da Mineradora Samarco, em novembro de 2015.
 
Quatro equipes do Sisema percorreram 16 áreas consideradas prioritárias para reparação ambiental nos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, entre o distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, e a Usina de Candonga. Estas áreas somam 1682 ha de áreas impactadas.
 
Os locais fiscalizados foram definidos  pela própria Samarco, que apresentou as intervenções realizadas durante a 7ª reunião do Comitê Interfederativo (CIF), criado para fiscalizar e validar as ações de reparação do Rio Doce. A reunião do CIF aconteceu nos dias 24 e 25 de outubro, em Belo Horizonte, com a participação da União, estados de Minas Gerais e Espírito Santo e municípios atingidos.
 
Um dos coordenadores da operação, o diretor de Gestão de Resíduos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Teixeira Brandão, explica que foram verificadas as intervenções realizadas pela empresa Samarco para recuperação das áreas atingidas. “Checamos as obras realizadas até o momento e sua eficácia”, explicou.
 
Os fiscais observaram, por exemplo, os locais onde foram realizadas intervenções para contenção de sedimentos e controle de processos erosivos a fim de verificar a eficiência destas obras, antes da intensificação do período das chuvas.
 
Após a finalização dos trabalhos, foi elaborado um Relatório Técnico para cada área vistoriada descrevendo a situação atual, andamentos das intervenções e recomendações à empresa. Um diagnóstico geral das áreas, apontou que na maioria dos locais fiscalizados, ainda existe a necessidade de algum tipo de intervenção.
 
A gerente de Qualidade do Solo e Reabilitação de Áreas Degradadas da Feam, Patrícia Rocha Maciel Fernandes, outra coordenadora da Operação, ressalta a importância das intervenções que vem sendo feitas. “As intervenções emergenciais têm como principal objetivo evitar que os rejeitos e sedimentos depositados nas planícies e margens dos rios sejam carreados para as calhas e cabe aos órgãos ambientais acompanharem estas obras”.  
 
Durante todo o período chuvoso os órgãos e entidades que compõem o Sisema continuarão realizando o monitoramento da efetividade das ações de recuperação emergencial.
 
Participaram da operação Watu – Fase I, técnicos da Feam, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), além de técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) do Espírito Santo.
 
No período de 19 a 22 de dezembro, o Sisema está realizando a 2a Fase da Operação Watu, visando garantir a continuidade das intervenções.
 
Para acessar o Relatório da Operação Watu - Fase I, clique aqui.
 
Ascom/Sisema