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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Gestão hídrica e a interface com o setor rural

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Fotos: Emerson Gomes 

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V Seminário Ambiental Água, conexão entre o meio ambiente e produção sustentável” discutiu disponibilidade hídrica, monitoramento e gestão de recursos hídricos

 

Disponibilidade hídrica, monitoramento e gestão de recursos hídricos foram os temas principais da palestra da diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Carvalho de Melo, no “V Seminário Ambiental Água, conexão entre o meio ambiente e produção sustentável”, realizado em Belo Horizonte, nesta quinta, 28 de junho.
 
O evento é promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e, neste ano, abordou as diversas interfaces entre a água e as atividades do setor. Entre os temas discutidos estiveram irrigação, tecnologia para “produção” de água, investimentos e capacitação.
 
A diretora-geral do Igam lembrou que Minas Gerais é um Estado privilegiado na região Sudeste com recursos hídricos abundantes, encontrando paralelo somente na região Norte do País. “A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco ocupa quase 40% do território mineiro e tem a maior vazão outorgada no território”, afirma.

 

Marília Melo observa que uma avaliação dos reservatórios de água do Estado indicaram uma alteração no regime de chuvas e que são necessárias alterações nos usos. “Uma medida de emergência foi a definição de situação crítica de escassez hídrica e de restrição do uso da água em Minas Gerais”, explica. Em 2015, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) editou a Deliberação Normativa n° 49 que estabeleceu os estados de atenção, alerta e restrição de uso para as bacias em situação crítica.
 
Outro aspecto lembrado por ela foi o da qualidade da água. O Igam é o responsável pelo monitoramento dos rios mineiros e, anualmente, publica o Mapa que assinala as condições dos cursos d´água. Nele, observou-se a predominância do Índice de Qualidade da Água (IQA) Médio, que passou de 45% em 2016 para 47% em 2017. “O tratamento de esgoto é ainda um ponto que Minas Gerais tem muito que avançar, seja nas cidades ou nas comunidades rurais”, explica.
 
Gestão
 
As ferramentas de gestão, segundo Marília Melo, tem permitido a Minas Gerais aperfeiçoar o trabalho dos Comitês de Bacia. “Dos 36, somente um ainda não concluiu seu Plano Diretor de Bacia Hidrográfica”, afirma. O estudo é instrumento de gerenciamento e planejamento estratégico que estabelece regras e define medidas de preservação e manutenção das águas.
 
Marília Melo destaca ainda os aperfeiçoamentos que a legislação mineira vem sofrendo e um dos próximos passos é o Projeto de Lei que está em discussão na Assembleia Legislativa e trata do reaproveitamento da água. “São medidas que integram a política de recursos hídricos e que buscam garantir a segurança hídrica”, explica.
 
Além da participação de Marília Melo, o Seminário teve ainda a participação do coordenador temático do 8º Fórum Mundial da Água, Joaquim Enoch Furquim Werneck Lima, que apresentou um balanço do evento realizado em Brasília, em março de 2018. Ele destacou as implicações do Fórum para o setor rural e lembrou que a próxima edição acontecerá no Senegal com o tema desenvolvimento rural sustentável.
 
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O coordenador temático do 8º Fórum Mundial da Água, Joaquim Enoch Furquim Werneck Lima, apresentou um balanço do 8º Fórum Mundial da Água

 

Já o pesquisador da Embrapa Cerrados, Lineu Neiva Rodrigues, observou que é possível reduzir a expansão da área horizontal com aumento da produção, graças à irrigação. “70% em média da água outorgada do mundo é usada na agricultura”, afirma. Ele observa que entre 1960 e 2010, a população brasileira cresceu 110%, enquanto a área plantada cresceu 20%. “Já a produção, aumentou 257%”, destaca.
 
A programação completa do “V Seminário Ambiental Água, conexão entre o meio ambiente e produção sustentável” está disponível na internet, no site da Faemg, no endereço https://bit.ly/2lD2TrU

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema

 

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