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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Sisema participa de workshop sobre recuperação da Bacia do Paraopeba

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Fotos: Guilherme Paranaiba
Workshop Principal Interna
Workshop discute a recuperação da Bacia do Rio Paraopeba atingida pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho

A reparação da Bacia do Rio Paraopeba, atingida pelo rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi tema de workshop nesta segunda-feira (10/02), em Belo Horizonte. Servidores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) participaram do encontro técnico que teve o debate em torno da situação anterior ao rompimento. O tema constitui o primeiro dos seis capítulos que vão compor as diretrizes da reparação da bacia impactada pelos rejeitos da estrutura que se rompeu em 25 de janeiro do ano passado.


Além técnicos da Vale e da Arcadis, empresa contratada pela mineradora para desenvolver o plano de reparação, participaram do workshop representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), empresa Aecom, que é a consultoria contratada pelo MP para acompanhar a reparação, e o Ministério Público Federal (MPF).


Dentre os seis capítulos, três deles, que são considerados os mais robustos e tratam do diagnóstico pretérito; dos impactos da tragédia; e do plano de reparação, foram protocolados para conhecimento do Estado em 1º de outubro do ano passado. Desde então o Sisema vem trabalhando na avaliação do material apresentado.


O primeiro capítulo do plano, alvo do workshop desta segunda-feira, foca exclusivamente nas as condições da Bacia do Rio Paraopeba antes da tragédia ocorrida em 25 de janeiro de 2019. Na primeira parte do evento técnico, todo o diagnóstico antes do desastre foi apresentado pela empresa Arcadis. Na parte da tarde, a empresa ouviu considerações da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que são os quatro órgãos que compõem o Sisema. Também houve contribuições da Aecom sobre o que foi levantado pela empresa contratada pela Vale.


Os técnicos da Arcadis apresentaram pesquisas referentes a diversos segmentos da bacia antes do desastre, como as condições dos solos, geomorfologia, sedimentos, recursos minerais, patrimônio espeleológico, qualidade do ar, recursos hídricos superficiais, recursos hídricos subterrâneos, biota aquática, ictiofauna, vegetação, flora, fauna terrestre e serviços ecossistêmicos.

 

Workshop interna
Participantes do workshop montaram um painel com considerações sobre o plano de reparação


MAIS QUALIDADE NA BACIA DO PARAOPEBA


O presidente da Feam, Renato Brandão, ressaltou a importância do workshop. Segundo ele, o debate conjunto é fundamental para que se alcance um plano de reparação socioambiental mais completo e o mais abrangente possível. "O objetivo é tentar trazer as percepções de todos os atores para que a gente tenha um plano consistente de execução pela empresa no médio e longo prazo", diz.


Renato Brandão destaca ainda que tratar sobre as condições da bacia antes do rompimento é muito importante para se estabelecer uma base de quais serão os resultados mínimos esperados em relação à reparação efetiva. "A discussão do diagnóstico pretérito é muito importante para contextualização e caracterização das ações que a empresa deverá fazer, que tratam efetivamente da reparação. Também são fundamentais para a compensação efetiva, que são medidas para melhorar a qualidade da bacia no futuro", completa Renato Brandão.


Segundo a gerente-executiva de Reparação Brumadinho e Bacia do Paraopeba da Vale, Gleuza Jesué, a primeira entrega feita em 1º de outubro de 2019 para os órgãos do Sisema, referente aos três primeiros capítulos do plano de reparação, foi bastante robusta e conta com 7,9 mil páginas de informações. Essa é a primeira reunião que a empresa organiza, junto com o Estado, para receber as contribuições do Governo de Minas em relação ao plano de reparação. Esse esquema vai se repetir nos demais capítulos, com troca de ideias para subsidiar o documento final. “Nós vamos repetir a metodologia de workshops para recepcionar todas as considerações, contribuições e comentários do Estado, para que a partir daí possamos fazer a revisão do relatório que foi protocolado em 1º de outubro”, diz a gerente-executiva.


O plano de reparação da Bacia do Rio Paraopeba ainda será validado no âmbito do Comitê Pró-Brumadinho, entidade criada pelo Governo de Minas para exercer a governança a nível estadual em relação ao acompanhamento e determinação das ações que devem ser tomadas para reparação total de todos os danos, nas mais diversas áreas, e também a compensação pelos prejuízos que não podem ser reparados.


Guilherme Paranaiba
Ascom/Sisema

 

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