Igam apresenta nova base de dados hidrográficos atualizada e melhorada

Qui, 09 de Setembro de 2021 17:14

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 Foto: Captura de tela IDE/Sisema

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A Base Hidrográfica Ottocodificada é gerada a partir da cartografia digital da hidrografia do país e organizada de modo a gerar informações hidrologicamente consistentes

 

O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) implementou uma nova Base Hidrográfica Ottocodificada 2021. O trabalho apresenta uma série de melhorias em relação à antiga base hidrográfica Ottocodificada, de 2010, como integração de informações, consultas a trechos de cursos d’água, além de informações físicas, socioeconômicas e hidrológicas. Com a atualização, vários tipos de análise serão facilitadas e muito mais ágeis de se realizar.

A Base Hidrográfica Ottocodificada é gerada a partir da cartografia digital da hidrografia do país e organizada de modo a gerar informações hidrologicamente consistentes. Para tanto, a base representa a rede hidrográfica em trechos, entre os pontos de confluência dos cursos d'água, de forma unifilar (apenas um fio). Cada trecho é associado a uma superfície de drenagem denominada ottobacia, à qual é atribuída a codificação de bacias de Otto Pfafstetter.

Uma característica essencial dessa representação é ser topologicamente consistente, isto é, representar corretamente o fluxo hidrológico dos rios, por meio de trechos conectados e com sentido de fluxo. O Igam fez um trabalho de recorte da nova base para atender ao Estado de Minas Gerais e, após o recorte, foi feito um trabalho de consistência topológica, eliminando sobreposições e pequenos buracos contidos na base.

A Base Hidrográfica Ottocodificada de Minas Gerais foi segmentada em 17 bacias hidrográficas de rios de domínio da união, sendo: São Francisco (SF), Grande (GD), Doce (DO), Jequitinhonha (JQ), Paranaíba (PN), Paraíba do Sul (PS), Pardo (PA), Mucuri (MU), São Mateus (SM), Piracicaba e Jaguari (PJ), Buranhém (BU), Itabapoana (IB), Itanhém (IN), Itapemirim (IP), Itaúnas (IU), Jucuruçu (JU), Peruípe (PE).

A nova Base Hidrográfica Ottocodificada 2021 do Igam pode ser consultada no link

Novidades

A nova base possibilita integrar os diversos planos de informação a respeito dos usos de recursos hídricos e da disponibilidade dos cursos d'água. Isso é feito com uma associação de dados tabulares aos elementos espaciais, preservando a consistência hidrológica dos conteúdos. Dessa forma, a localização espacial do dado é considerada, o que é essencial a um sistema de fluxos unidirecionais como a rede hidrográfica.

A base de dados possibilita consultar trechos a montante e a jusante de um determinado ponto de interesse no curso d’água, por meio de consulta tabular. Também funciona como uma base de interoperabilidade entre as instituições responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, possibilitando a integração a partir de um mesmo critério e referência geográfica.

O trabalho pode ser utilizado para suportar diversos modelos e sistemas, tais como modelos de chuva-vazão e os subsistemas do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH). Permite ainda que informações físicas, socioeconômicas e hidrológicas, entre as quais disponibilidade e demanda pelos recursos hídricos, sejam associadas às áreas de contribuição hidrográfica, conhecidas como ottobacias.

Características

A base hidrográfica Ottocodificada Igam, de 2010, já apresentava áreas de contribuição das bacias geradas a partir de modelo digital de elevação hidrologicamente consistente. A adoção do novo modelo oferece uma melhor definição das áreas de contribuição das bacias geradas a partir de um modelo.

Outra característica da Base de Dados Ottocodificada é que ela é topologicamente consistida e permite a localização de quaisquer pontos sem apresentar nenhum tipo de sobreposição nem que falte qualquer informação a respeito da geolocalização. Além disso, permite a interoperabilidade entre os dados gerados a partir da base do Igam com os dados gerados pela Agência Nacional das Águas (ANA), uma vez que as bases possuem a mesma codificação para as Ottobacias.

Para o Diretor Geral do Igam, Marcelo da Fonseca, fica evidenciado que a implementação dessa base representa uma evolução na gestão de recursos hídricos. “Sua adoção como uma base única por parte do Igam tende a aprimorar o intercâmbio de informações, seja no nível institucional, entre as próprias diretorias e gerências do órgão, como também no nível interinstitucional, agilizando o intercâmbio de informações com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e consequentemente com o próprio Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos ”, explica.

Emerson Gomes
Ascom/Sisema