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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Estudo indica estabilidade na qualidade das águas de Minas

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O Mapa da Qualidade das Águas, apresentado nessa quarta-feira (26/03), durante a reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), em Belo Horizonte, indica que as condições dos rios de Minas Gerais em 2007 permanecem em níveis similares ao do último levantamento, realizado no ano anterior.

O estudo, realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), mostra a situação dos recursos hídricos no Estado de acordo com dois indicadores: IQA e Contaminação por Tóxicos (CT). O IQA ‘médio’ permanece predominante em Minas Gerais, em 2007, resultado este que vem sendo observado desde o início do monitoramento em 1997. O trabalho apresenta um diagnóstico das bacias dos Rios São Francisco, Pará, Paraopeba, Velhas, Jequitinhonha, Mucuri, Pardo, Grande, Paranaíba, Paraíba do Sul e Doce. Foram coletadas amostras em 260 pontos diferentes durante o ano de 2007.

Segundo o estudo, as bacias hidrográficas dos rios Pardo e Mucuri, no nordeste do Estado, apresentam as melhores condições com o Índice de Qualidade das Águas (IQA) variando entre ‘bom’ e ‘médio’ e o índice de contaminação por tóxicos (CT), ‘baixo’. Na bacia do rio Paranaíba, o IQA manteve-se ‘bom’ e houve redução da presença de cobre na bacia, onde o metal está presente nos defensivos agrícolas utilizados nos plantios. Na bacia do rio Jequitinhonha, os índices de contaminação por tóxicos também foram menores que em 2006.

Também foram observadas melhorias na qualidade das águas no Rio São Francisco após a Represa de Três Marias. Foi verificada uma redução das concentrações médias da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) em relação ao ano de 2006, no rio das Velhas.

A gerente de Monitoramento e Geoprocessamento do Igam, Zenilde Guimarães Viola, observa que a diminuição pode estar associada aos investimentos em saneamento que estão sendo realizados pelo ‘Projeto Estruturador Meta 2010’.  “A instalação das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) nos ribeirões Arrudas e Onça, na região metropolitana de Belo Horizonte devem ser percebidas com maior nitidez em médio prazo”, afirma.

A análise dos dados de IQA da bacia do rio Paraopeba mostra que, assim como nos anos anteriores, a freqüência anual de ocorrências de IQA ‘médio’ permaneceu predominante em toda a bacia. Também predominou a Contaminação por Tóxicos ‘baixa’, que ocorreu em dos pontos de amostragem.  O mesmo resultado pode ser observado na bacia do rio Grande.

Na bacia do rio Paraíba do Sul em 2007 pôde-se observar que predomina o Índice de Qualidade das Águas ‘médio’, resultado que vem sendo observado desde o início do monitoramento em 1997. A ocorrência de Contaminação por Tóxicos na bacia foi ‘baixa’.

Zenilde Guimarães Viola explica que a realização de análises em épocas diferentes dá maior confiabilidade ao estudo. Ela observa que as amostras coletadas no período de chuvas têm pior qualidade, como foi o caso da bacia do rio Doce, que predominou o IQA ‘ruim’ no período. No período seco houve, o mesmo rio teve predominância do IQA bom e médio. A região do rio Doce apresentou melhora significativa no índice de Contaminação por Tóxicos que foi ‘Baixo’ em 78% dos pontos monitorados. Em 2006, esse índice havia sido observado em somente 28% das estações de amostragem.

“No período chuvoso (primeiro e quarto trimestres) é quando se observa uma piora na qualidade das águas e as maiores ocorrências de contaminantes tóxicos”, observa Zenilde Viola. “Nesse período, o processo de escoamento superficial transporta os poluentes para os corpos de água, condição agravada pelos solos desprotegidos de mata ciliar”, ressalta.

Ferramenta

A diretora-geral do Igam, Cleide Izabel Pedrosa de Melo, explica que o Mapa é uma importante ferramenta para orientar os investimentos públicos na gestão dos recursos hídricos. “O estudo fornece subsídios para o planejamento do uso da água, para estabelecer metas de qualidade, bem como orientar as ações de fiscalização nos locais onde há maior contaminação”, afirma.

Cleide Pedrosa explica que o cruzamento das informações do mapa com as outorgas concedidas pelo Igam e nos processos de licenciamento ambiental será um valioso instrumento para identificar com precisão as fontes de poluição.

Investimentos

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, observa que o Governo de Minas vem investindo sistematicamente na melhoria dos sistemas de tratamento de esgoto, o que influi diretamente na qualidade da água. “O planejamento estratégico de Minas Gerais está orientando as ações, evitando investimentos pulverizados pelos diferentes órgãos”, afirma. Ele ressalta que os recursos destinados à recuperação do rio das Velhas são os maiores feitos pelo Governo de Minas em todas as áreas. “Até 2010, a Copasa investirá R$ 1,2 bilhão na revitalização do rio”, afirma.

José Carlos Carvalho ressalta que o Governo investe em ações para melhorias no saneamento dos grandes centros urbanos, como é o caso de Montes Claros. “A Copasa está finalizando a construção da ETE no córrego Vieira que é afluente do rio Verde Grande, o que irá melhorar a qualidade da água da bacia”, afirma.

O secretário afirma que o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) vem concentrando esforços para que os municípios redobrem sua atenção na questão. Ele lembra que os programas ‘Minas Sem Lixões’ e ‘Minas Trata Esgotos’, executados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), pretendem auxiliar os municípios a darem tratamento adequado aos seus resíduos e incentivar o tratamento correto do esgoto. José Carlos Carvalho observa que o trabalho de recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares, executado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), é uma vertente importante no trabalho integrado realizado em Minas Gerais.


26/03/2008
Fonte: Ascom / Sisema

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