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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Aumenta qualidade das águas da bacia do Rio Mucuri

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do programa de monitoramento das águas superficiais do Estado, o Projeto Águas de Minas, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacia mineiras. Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de ocorrência de contaminação em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes (Índice da Qualidade das Águas – IQA) e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT). Na Bacia do Rio Mucuri, a freqüência de IQA Bom passou de 20,8 em 2007 para 40,6% em 2008.

 

Apesar da melhora e predominância do IQA Bom, as análises realizadas em 2008 revelam que as ocorrência de IQA Ruim aumentaram, passando de 12,5% em 2007 para 25,0% em 2008. Observou-se também a redução da ocorrência de IQA Médio, que apresentou 66,7% de freqüência em 2007 e 34,4% em 2008.

 

O melhor trecho da bacia, em relação ao IQA, está no rio Pampã antes da foz com o rio Mucuri, onde prevaleceu o IQA Bom em 2008. Já a pior condição de qualidade de água na bacia do rio Mucuri em 2008 foi identificada no rio de Todos os Santos, após a localidade de Pedro Versiani, em decorrência do lançamento de esgoto doméstico do município de Teófilo Otoni.

 

Em 2008, houve uma piora em relação à Contaminação por Tóxicos na bacia do rio Mucuri. A CT Baixa, considerada uma boa condição em relação à ocorrência de substâncias tóxicas, foi observada em 50% das estações em 2008. No ano anterior, essa classificação predominou em 100% das estações. O rio de Todos os Santos, após a localidade de Pedro Versiani, é o pior trecho da bacia em relação à contaminação por tóxicos, devido à presença de nitrogênio amoniacal e chumbo. O nitrogênio amoniacal, ou amônia, pode estar presente nos cursos d’água em baixos teores, sua forma tóxica é resultante do processo de degeneração de matéria orgânica vegetal e animal.

 

Monitoramento das águas

 

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas. Em 2007, o número de pontos correspondia a 260 e, em 2008, passou para 353 pontos de amostragem. As coletas são feitas a cada trimestre, com um total de quatro campanhas anuais. Nas amostras coletadas são realizadas análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), órgão vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectes). 

 

Classificação

 

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano de verificação, com as médias dos anos anteriores.

 

Para a avaliar a Contaminação por Tóxicos (CT), comparam-se os resultados obtidos com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% os limites.

 

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na DN Copam/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta.

 

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