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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Relatório mostra que no último período chuvoso, compreendido entre o final de 2022 e início de 2023, as precipitações ficaram abaixo do previsto

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Foto: Evandro Rodney/Sisema

EVANDRO RODNEY MATÉRIA

Relatório mostra que no último período chuvoso, compreendido entre o final de 2022 e início de 2023, as precipitações ficaram abaixo do previsto

 

O relatório elaborado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) sobre o início do período seco de 2023 mostra que a vazão dos rios em Minas tende a baixar ainda mais nos próximos meses. O objetivo do estudo é dar subsídios aos órgãos públicos para o planejamento integrado e articulado para o enfrentamento desse período, que vai de abril a setembro.

 

Minas Gerais recebe quase a totalidade de suas chuvas anuais durante os meses de outubro a março. O relatório mostra que neste último período, compreendido entre o final de 2022 e início de 2023, as precipitações registradas ficaram abaixo do previsto pela climatologia. Além disso, o período chuvoso teve seu final antecipado em praticamente dois meses, uma vez que as chuvas se tornaram escassas já em fevereiro.

 

A gerente de Monitoramento Hidrometeorológico e Eventos Críticos (GMHEC) do Igam, Fabrízia Rezende Araújo, avalia que esses fatores podem se refletir na vazão dos rios, que tende a ficar mais baixa. "São os efeitos dos desvios negativos das precipitações. Como durante o período seco as chuvas não são suficientes para compensar o que não ocorreu de outubro a março, espera-se que as vazões dos rios baixem ainda mais nos próximos meses", analisa.

 

É importante ressaltar que as considerações do relatório são baseadas em observações e análises realizadas até o dia 15 de junho de 2023. A situação hídrica pode tanto evoluir ao longo do tempo quanto levar a uma maior escassez de recursos hídricos.

 

A diretora de Operações e Eventos Críticos (DMEC) do Igam, Wanderlene Ferreira Nacif, destaca a importância da atuação do estado e da conscientização da população. "Cabe ao Estado atuar tanto preventivamente, quanto na resposta aos eventos hidrometeorológicos críticos, visando à minimização de seus efeitos sobre a população no que se refere aos usos múltiplos da água. Nesse sentido, é importante o acompanhamento da situação dos corpos de água por parte dos usuários de recursos hídricos e a conscientização quanto ao uso racional destes recursos", pontua.

 

O estudo completo pode ser acessado pelo link: http://simge.mg.gov.br/images/RELATORIOS/2023_Avalia%C3%A7%C3%A3o_PS_MG.pdf

 

El Niño

 

Esse cenário está ligado ao estabelecimento do fenômeno El Niño, que deverá deixar o clima mais seco e quente no Brasil e em Minas Gerais em 2023.

 

O aumento de temperatura influencia diretamente no aumento da evapotranspiração e na queda da umidade relativa do ar, fazendo com que as vazões dos rios fiquem abaixo do esperado.

 

Luiz Fernando Motta
Ascom/Sisema

 

 

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