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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Igam e Comissão Pró-Comitê discutem a realidade socioambiental do Mucuri

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Conhecer e interpretar a realidade socioeconômica e ambiental do Vale do Mucuri, suas experiências históricas, problemas e potencialidades. Este é o atual desafio da Comissão Pró-Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri, que se reuniu com consultores do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) na manhã do último dia 13, em Teófilo Otoni, no Leste de Minas, a 446 quilômetros de Belo Horizonte.

“As informações coletadas sobre a região estão sendo trabalhadas em um relatório que justificará a necessidade da criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri e poderá ser utilizado para orientar a gestão das águas na bacia”, informa o consultor do Igam, Benito Marangon. O documento será apresentado ao Conselho de Recursos Hídricos de Minas Gerais no próximo semestre para que os conselheiros tenham subsídios para deliberar sobre a criação do Comitê.

Segundo Marangon, os dados foram coletados por meio de pesquisas secundárias e registros realizados durante as duas expedições realizadas na bacia e inúmeras reuniões locais de mobilização. “São informações de conteúdo vivencial, geradas pela interpretação dos atores locais que resultam de reflexões sobre suas experiências históricas e atuais do cotidiano de vida individual e coletivo da bacia”, explica.


Os dados revelam que a bacia do rio Mucuri está bastante degradada, com áreas vulneráveis sujeitas a freqüentes queimadas no período seco, principalmente devido ao uso inadequado das práticas agrícolas e à presença de vegetação seca e rasteira, como a samambaia. O extrativismo de madeiras para carvão e lenha e as queimadas são apontados pelos registros como ameaças ambientais que merecem atenção especial do futuro Comitê. “É preciso evitar que a supressão vegetal, uma realidade constatada às margens do rio, avance para as áreas de planaltos”, alerta Marangon. 

Para o colaborador da Comissão Pró-Comitê, Alexandre Durann Matos, outro desafio ambiental do Vale é controlar o desmatamento na região, que está se intensificando em função do plantio de eucalipto. “Há uma promessa de que a produção do eucalipto gere uma renda dez vezes maior do que outras culturas”, afirma.  O Cabo Célio, da Polícia de Meio Ambiente de Teófilo Otoni, complementa: “as perspectivas de ganho com o plantio de eucalipto estimulam o desmate sem orientação técnica e sem regularização ambiental”.

 

Dentre as propostas apresentadas, destacam-se ações de mobilização e sensibilização na bacia para promover o fortalecimento econômico, com responsabilidade ambiental e inclusão social. Outra ação é envolver todas as comunidades da região no gerenciamento das águas. Alexandre Durann Matos acredita que essa inclusão será facilitada com a criação de núcleos de apoio aos Comitês em diferentes regiões da bacia, com representação de atores locais. Estes núcleos teriam que assumir a co-responsabilidade de cuidar dos recursos naturais de sua comunidade e trabalhariam as questões ambientais, sociais, econômicas, além da saúde e educação.

 

 

 

 

Data: 13/05/08
Fonte: Ascom Sisema

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