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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Nível médio do Índice de Qualidade das Águas predomina na Bacia do Rio Grande

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do programa de monitoramento das águas superficiais do Estado, o Projeto Águas de Minas, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacias mineiras. Na Bacia do Rio Grande, o nível médio do Índice de Qualidade das Águas (IQA) predominou, com freqüência de 52,5%.

Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de contaminação por matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes, formando o IQA, e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT).

O estudo apontou também uma redução nas ocorrências de IQA Bom e Muito Ruim. A freqüência de IQA Bom caiu de 20,8%, em 2007, para 18,2% no ano passado. A queda de IQA Muito Ruim foi de 0,6% para 0,4% na mesma base de comparação. Destaca-se a ocorrência de IQA Excelente, com 0,4% de freqüência, nível registrado em trecho do rio Grande antes de receber as águas do rio Pardo, no primeiro trimestre do ano passado. Apesar de manter o predomínio, o IQA apresentou queda em relação a 2007, quando registrou uma freqüência de 59,7%.

As melhores condições da bacia que apresentaram IQA Bom se encontram no rio Grande antes de receber as águas do rio Pardo, após o reservatório de Furnas e a depois do reservatório de Itutinga. O nível foi registrado no segundo, terceiro e quarto trimestres de 2008. No rio Grande, antes do reservatório de Furnas e depois do reservatório de Itutinga, verificou-se a ocorrência de IQA Bom nas quatro campanhas de 2008.

A pior condição da bacia se encontra no trecho monitorado no córrego Liso, após passar pelo município de São Sebastião do Paraíso, que apresentou IQA Ruim na primeira, segunda e terceira campanha, e Muito Ruim na quarta campanha. A região é afetada diretamente pelo esgoto sanitário do município de São Sebastião do Paraíso despejado in natura no corpo de água.

A qualidade das águas do rio Grande piorou na cidade de Liberdade e antes do reservatório de Furnas. A piora na condição de qualidade também foi verificada no rio Capivari, próximo de sua foz no rio Grande. O ponto de amostragem apresentou IQA Ruim no primeiro trimestre de 2008, situação que não havia sido verificada em 2007. Mais uma vez, a qualidade é afetada por esgotos sanitários, que contribuem para o aporte de material fecal, matéria orgânica, sólidos e nutrientes.

Contaminação baixa

A Contaminação por Tóxicos Baixa também predominou na Bacia do Rio Grande, sendo registrada em 72,7% das amostragens. O índice registrou queda em relação a 2007, quando representou 79,6% das amostragens. Essa classificação é considerada uma boa condição em relação à ocorrência de substâncias tóxicas. A Contaminação Média cresceu de 16,7% dos pontos de amostragem, em 2007, para 19,7% no ano passado. A Contaminação Alta também cresceu, de 3,7% em 2007 para 7,6% dos pontos em 2008.

A CT Média detectada nas estações de amostragem está associada à presença de chumbo, cianeto, cobre, mercúrio e fenóis totais (compostos orgânicos que geralmente não ocorrem naturalmente nos corpos d'água). O trecho situado no córrego Liso, após o município de São Sebastião do Paraíso, apresentou CT Alta e registrou a presença de fenóis, responsável pela maior parte das contaminações e que está relacionada, principalmente, às atividades de agricultura e aos despejos de esgotos domésticos.

Monitoramento das águas

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas. Em 2007, o número de pontos correspondia a 260 e, em 2008, subiu para 353. As coletas são trimestrais, totalizando quatro campanhas anuais. As amostras passam por análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas, feitas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

Classificação

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano de verificação, com as médias dos anos anteriores.

Para avaliar a Contaminação por Tóxicos (CT), os resultados obtidos são comparados com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% os limites.

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na DN Copam/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta.

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