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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Bacia do Rio Jequitinhonha apresenta boa qualidade das águas

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do Projeto Águas de Minas, que monitora as águas superficiais do Estado, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacias mineiras. A Bacia do Rio Jequitinhonha, juntamente com as bacias dos rios Paranaíba e Pardo, apresenta as melhores condições no Estado.

Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de ocorrência de contaminação em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes (Índice da Qualidade das Águas - IQA) e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT). Nos quatro trimestres de 2008, a análise das coletas na bacia do Jequitinhonha mostrou predominância do IQA Bom (53,8%). O resultado foi verificado também nos anos anteriores.

As estações de amostragem no rio Jequitinhonha, depois do município de São Gonçalo do Rio das Pedras e próximo a localidade de Caçaratiba, e no rio Araçuaí após receber as águas do Rio Itamarandiba, apresentaram IQA Bom em pelo menos duas das quatro amostragens anuais. Os resultados nessas amostragens revelaram as melhores condições de qualidade de água observadas em 2008.

Os parâmetros que mais influenciaram no cálculo de IQA em 2008 foram coliformes, turbidez e sólidos, indicando a forte interferência dos lançamentos de esgotos domésticos sem tratamento e do mau uso do solo sobre a qualidade dos corpos de água dessa bacia. As situações mais críticas na bacia do rio Jequitinhonha, com ocorrência de IQA Ruim, foram observadas na primeira campanha na cidade de Jequitinhonha e na segunda campanha de 2008 no rio Araçuaí, na cidade de Araçuaí. A contaminação dos corpos d'água nessas amostragens está relacionada ao lançamento de esgotos domésticos.

Contaminação baixa

A Contaminação por Tóxicos Baixa predominou em toda a bacia, com 84,6% de ocorrência, assim como no ano anterior. A classificação baixa é considerada uma boa condição em relação à ocorrência de substâncias tóxicas. Por outro lado, a Contaminação Média, que não havia sido registrada em 2007, apresentou 7,7% de frequência em 2008, devido à diminuição das ocorrências de CT Alta, que passou de 15,4% em 2007 para 7,7% em 2008.

A Contaminação por Tóxicos Alta foi identificada apenas na quarta campanha na estação localizada no rio Jequitinhonha na cidade de Almenara. A classificação está associação à presença de mercúrio, que ocorre esporadicamente na bacia e está associada à mineração ao longo do rio.

Monitoramento das águas

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas. Em 2007, foram 260 pontos, número que passou para 353 no ano passado.

As coletas são feitas a cada trimestre, com um total de quatro campanhas anuais. As amostras coletadas passam por análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes).

Classificação

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano em verificação, com as médias dos anos anteriores.

Para avaliar a Contaminação por Tóxicos (CT), os resultados são comparados com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde fica a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% o limite.

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma dada estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na DN COPAM/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta.

 

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