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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Bacia do Rio Pardo possui águas de boa qualidade e baixa contaminação por tóxicos

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do Projeto Águas de Minas, que monitora as águas superficiais do Estado, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacias mineiras. A Bacia do Rio Pardo, juntamente com as bacias dos rios Paranaíba e Jequitinhonha, apresenta as melhores condições no Estado.

Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de ocorrência de contaminação em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes (Índice da Qualidade das Águas - IQA) e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT). Em 2008, assim como em anos anteriores, o IQA Bom predominou em 75% das amostragens na bacia do rio Pardo - nas campanhas do segundo, terceiro e quarto trimestres em todas as estações. Não houve ocorrência de IQA Ruim e Muito Ruim em 2008.

O IQA Médio foi observado na primeira campanha de 2008 em todas as estações monitoradas. A amostragem coincide com elevados índices de precipitação, o que mostra o papel do escoamento superficial para disseminar a poluição pontual. Os parâmetros que mais interferiram no IQA foram coliformes e turbidez.

A estação localizada no rio Pardo, na cidade de Cândido Sales, apresentou a pior condição de qualidade de água da bacia em 2008, com o menor valor de IQA Médio obtido no primeiro trimestre. Esse resultado reflete o lançamento de esgoto doméstico sem tratamento de Cândido Sales.

A Contaminação por Tóxicos (CT) em 2008 foi Baixa, para todos os parâmetros, em 100% das estações monitoradas, mesmo resultado do ano anterior. A classificação baixa é considerada uma boa condição em relação à ocorrência de substâncias tóxicas.

Monitoramento das águas

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas. Em 2007 foram 260 pontos, número que passou para 353 em 2008.

As coletas são feitas a cada trimestre, com um total de quatro campanhas anuais. As amostras coletadas passam por análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas na Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes).

Classificação

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano em verificação, com as médias dos anos anteriores.

Para avaliar a Contaminação por Tóxicos (CT), os resultados são comparados com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam os limites em mais de 100%.

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da concentração limite apontada na DN COPAM/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta.

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