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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Ribeirões Catarina e Casa Branca e região da Várzea das Flores apresentam a melhor qualidade de água

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do Projeto Águas de Minas, que monitora as águas superficiais do Estado, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacias mineiras. Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de ocorrência de contaminação em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes (Índice da Qualidade das Águas - IQA) e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT).

Na bacia do rio Paraopeba, assim como nos anos anteriores, a freqüência de IQA Médio predominou (46,6%), com diminuição do IQA Muito Ruim, que passou de 7,1% em 2007 para 6,8% em 2008. No entanto, aumentou a ocorrência de IQA Ruim em 2008, em relação a 2007. Nesta bacia, além do lançamento de esgotos domésticos sem tratamento, a erosão e o desmatamento estão interferindo na qualidade dos corpos d'água.

As melhores condições observadas em 2008 foram nos ribeirões Catarina e Casa Branca, em Brumadinho, e no rio Betim, após a Várzea das Flores em Betim, cujas águas apresentaram ocorrências de IQA Bom.  

A pior condição de IQA foi encontrada no município de Betim. O ribeirão das Areias e o rio Betim apresentaram IQA Ruim em todos os trimestres de amostragem em 2008. Esses resultados confirmam o grande impacto dos lançamentos dos esgotos de Betim, município mais populoso da bacia. A pior condição de contaminação por tóxicos também foi observada no ribeirão das Areias no município de Betim.

Contaminação baixa

Seguindo a tendência observada nos últimos anos, na bacia do rio Paraopeba predominou a Contaminação por Tóxicos Baixa, com 66,7% de ocorrência nos pontos de amostragem. A classificação baixa é considerada uma boa condição em relação à ocorrência de substâncias tóxicas. 

A CT Média foi encontrada em 23,3% dos pontos amostrados em 2007 e em apenas 10% em 2008, com presença de chumbo, fenóis (compostos orgânicos que geralmente não ocorrem naturalmente nos corpos d'água), nitrogênio amoniacal (amônia) e cromo. Estas ocorrências refletem os lançamentos domésticos e industriais dos municípios de Betim, Conselheiro Lafaiete, Brumadinho, Jeceaba, Belo Vale, Itatiaiuçu e Entre Rios de Minas. Esta região possui indústria automobilística, siderurgia, galvanoplastia, têxtil e refinaria de petróleo, além das atividades de agricultura.

Monitoramento das águas

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas, Em 2007, o número de pontos correspondia a 260 e em 2008 passou a ser 353 pontos de amostragem.

As coletas são feitas a cada trimestre, com um total de quatro campanhas anuais. Nas amostras coletadas são realizadas análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes).

Classificação

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano em verificação, com as médias dos anos anteriores.

Para a avaliação da Contaminação por Tóxicos (CT) comparam-se os resultados obtidos com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% os limites.

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma dada estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na DN COPAM/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta no ano em análise.

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