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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Qualidade das águas do rio das Velhas apresenta recuperação progressiva

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) divulgou nesta quinta-feira (26/03) o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais. O estudo é resultado do Projeto Águas de Minas, que monitora as águas superficiais do Estado, realizado a partir da coleta trimestral nas oito principais bacias mineiras. Os indicadores obtidos avaliam a freqüência de ocorrência de contaminação em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes (Índice da Qualidade das Águas - IQA) e a ocorrência de substâncias tóxicas (Contaminação por Tóxicos - CT).

As ocorrências de IQA Bom e Médio aumentaram em 2008, em relação ao ano anterior, passando de 17,8% e 30,8% para 18,4% e 31,6% respectivamente. Ao mesmo tempo, diminuiu o IQA Muito Ruim, que em 2007 apresentou 9,3% e passou para 5,9% em 2008. Na bacia do rio das Velhas, assim como em 2007, a predominância foi do IQA Ruim (44,1%).

A melhor condição de IQA, observada em 2008, é o ponto localizado no rio das Velhas antes de receber as águas do rio Itabirito, que apresentou IQA Bom em três das quatro amostragens anuais.

Houve melhoria na qualidade das águas do rio das Velhas antes de ele chegar ao município de Itabirito e também no ribeirão Arrudas, que passou de IQA Muito Ruim em 2007 para Ruim em 2008.

As piores condições de qualidade de água foram observadas no rio das Velhas após o ribeirão da Mata e nos ribeirões do Onça e Arrudas, o que confirma o impacto dos lançamentos dos esgotos de Vespasiano, Pedro Leopoldo, Belo Horizonte e Contagem.

Adensamento urbano e parque industrial

A Contaminação por Tóxicos Alta predominou na bacia do rio das Velhas em 2008. A detecção de cianeto e arsênio foi responsável pela maior parte das contaminações, apresentando respectivamente 37,5% e 31,3% das ocorrências. A presença de cianeto está relacionada, principalmente, às indústrias dos ramos têxtil, galvanoplastia e siderurgia. O arsênio é característico da poluição pontual na região do Alto Rio das Velhas, onde se encontram as atividades de mineração.

As piores condições de CT foram observadas nos pontos localizados no rio das Velhas após o ribeirão da Mata e após o ribeirão Santo Antônio, onde a presença de arsênio, cianeto e chumbo provocaram a CT Alta em 2008. Esses resultados confirmam a interferência do diversificado parque industrial da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que refletem na qualidade das águas.

Monitoramento das águas

Realizado desde 1997, o Projeto Águas de Minas teve início com 222 pontos de amostragem nas oito principais bacias hidrográficas. Em 2007, o número de pontos correspondia a 260 e em 2008 passou a ser 353 pontos de amostragem.

As coletas são feitas a cada trimestre, com um total de quatro campanhas anuais. Nas amostras coletadas são realizadas análises físico-químicas, bacteriológicas e ecotoxicológicas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes).

Classificação

O Índice de Qualidade das Águas - IQA reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes e sintetiza em um único número a interpretação de nove parâmetros considerados mais representativos para a caracterização da qualidade das águas. Para constatar a melhora ou piora dos rios de Minas Gerais é feita uma comparação dos resultados da média anual do IQA dos pontos amostrados no ano de verificação, com as médias dos anos anteriores.

Para a avaliação da Contaminação por Tóxicos (CT) comparam-se os resultados obtidos com os limites definidos nas classes de enquadramento dos corpos de água pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), na Deliberação Normativa Conjunta nº 01/08. A denominação Baixa refere-se à ocorrência de substâncias tóxicas em concentrações que excedam em até 20% o limite de classe de enquadramento do trecho do corpo de água onde se localiza a estação de amostragem. A contaminação Média refere-se à faixa de concentração que ultrapasse os limites mencionados no intervalo de 20% a 100%, enquanto a contaminação Alta refere-se às concentrações que excedam em mais de 100% os limites.

A pior situação identificada no conjunto total de resultados das campanhas de amostragem, para qualquer parâmetro tóxico, define a faixa de contaminação do período em consideração. Portanto, se apenas um dos parâmetros tóxicos em uma dada estação de amostragem mostrar-se com valor acima de 100%, isto é, o dobro da sua concentração limite apontada na DN Copam/CERH 01/08, a contaminação da água por tóxicos naquela estação de amostragem será considerada alta no ano em análise.

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