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Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM

Bacia do Santo Antônio discute situação futura das águas

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A sociedade da bacia do rio Santo Antônio, afluente do rio Doce, discutiu nesta sexta-feira (21), em Itambé do Mato Dentro, na região Central do Estado, os estudos sobre a situação da qualidade e disponibilidade das águas na região até 2030. Os dados são do prognóstico do Plano Integrado de Recursos Hídricos do Rio Doce, que está em elaboração para toda a bacia, abrangendo seis sub-bacias mineiras e três capixabas.

O prognóstico foi elaborado por meio de projeção dos cenários futuros com base na evolução demográfica, no desempenho dos setores econômicos e na evolução dos setores que utilizam água. Os cenários foram projetados para o período de 24 anos, considerando como base o ano de 2006 e 2030 como último ano da projeção. "O prognóstico não é um instrumento de previsão, mas uma ferramenta de planejamento que oferece condições de avaliar, no presente, situações hipotéticas futuras", explicou o coordenador do plano, Alexandre Carvalho.

Na bacia do Santo Antônio, a tendência é o aumento de apenas 1,1% no consumo de água para diversos usos, passando de 901 litros/s, em 2006, para 911 litros/s, em 2030. O aumento mais significativo será do consumo urbano, que pode passar de 190 litros/s, em 2006, para 270 litros/s, em 2030. A demanda para consumo industrial também irá se elevar, passando de 255litros/s, em 2006, para 276litros/s, em 2030. O consumo de água para abastecimento rural, irrigação e dessedentação de animais na bacia aponta para uma redução. "O Santo Antônio é a sub-bacia do rio Doce que, atualmente, tem o maior saldo positivo no balanço hídrico, ou seja, um saldo de 13220 litros/s, o que deve se manter em 2030", afirmou Carvalho.

De acordo com Alexandre Carvalho, os índices de qualidade das águas na bacia do rio Santo Antônio estão dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos na legislação. "O principal impacto que se projeta para 2030 é de contaminação sanitária, uma vez que o aumento da população irá acarretar no aumento de esgoto doméstico e, consequentemente, de carga orgânica nos cursos de água", explicou. Atualmente, habitam na bacia cerca de 187 mil pessoas e, em 2030, serão aproximadamente 209 mil habitantes.

Para Leonardo Mitre, membro do CBH santo Antônio, os estudos de prognóstico da bacia devem ser ampliados e contemplar também projetos de empreendimentos que ainda estão em processo de regularização ambiental e não apenas os já regularizados ou os usos já outorgados. "É fundamental que se conheça os empreendimentos previstos para a região e que são de conhecimento das Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Agricultura, Pecuária e Abastecimento , dentre outras", explicou.

Considerando toda a bacia do rio Doce, estima-se um aumento de cerca de 55% da demanda por água na região, passando de 29733 litros/s, em 2006, para 45963 litros/s, em 2030. A maior retirada é para irrigação, que tende manter sua participação atual no cenário de 2030, ou seja, 51%. A segunda maior parcela é o abastecimento humano, que hoje é responsável por 25,7% da retirada total, e em 2030 deve diminuir para 21,5%. A retirada de água para a indústria tem a maior projeção de crescimento (123,4%), e tende a passar de uma participação atual de 16,6% na retirada total para 23,9%, em 2030.

Os maiores volumes de retirada por sub-bacias estão concentrados, atualmente, nas unidades São José (21,6%), no Espírito Santo, e Piracicaba (16,9%), Piranga (14,4%) e Suaçuí Grande (11,7%), em Minas Gerais. As sub-bacias dos rios São José e Piracicaba projetam um aumento de sua participação no cenário de 2030, 37,5% e 19,1%, respectivamente. As sub-bacias dos rios Suaçuí Grande e Caratinga registram taxas negativas de crescimento da retirada, -17,3% e -15,0%, respectivamente.

Reuniões

As reuniões públicas do Plano Integrado da Bacia do Rio Doce começaram em Minas Gerais, no dia 17 de agosto, na bacia do rio Piranga, seguida da bacia do rio Manhuaçu (18 de agosto), Caratinga (19 de agosto) e Piracicaba (20 de agosto). Os próximos encontros acontecerão no Espírito Santo, nos municípios de Colatina (25 de agosto), São Gabriel da Palha (26 de agosto) e Afonso Cláudio (27 de agosto). O encerramento será em Governador Valadares, no Leste de Minas, situado na bacia do rio Suaçui, no dia 28 de agosto.

O Plano é um instrumento de gestão das águas, que estabelecerá metas comuns para a bacia, além da montagem do programa de investimentos e um roteiro de implementação do Plano. Ele abrange a bacia do Doce, destacando seis bacias afluentes mineiras e três capixabas. A previsão de conclusão é para o fim de 2009 e a expectativa para a implantação dos programas e ações é de 10 anos. O Plano é elaborado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema) e Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio dos Comitês de Bacia Hidrográfica.


Fonte: ASCOM / Sisema

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