Trabalho foi executado em parceria entre Igam, IEF e Universidade Federal de São João del Rei
Representantes do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Universidade Federal de São João Del Rei realizaram entre os dias 31 de julho e 07 de agosto, uma visita técnica à Uberaba, região do Triângulo Mineiro, para testar um novo aplicativo para cadastramento e monitoramento de nascentes.
O projeto foi desenvolvido com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 150 mil, disponibilizados no final de 2022. O objetivo da pesquisa é o desenvolvimento de um aplicativo móvel para cadastro e mapeamento de nascentes no Estado de Minas Gerais, inserindo dados em uma plataforma unificada para a disponibilização de informações, de forma a contribuir para preservação e recuperação das nascentes mineiras.
Entre as ações que estão sendo realizadas para validação do aplicativo está a definição dos parâmetros a serem avaliados e registrados em cada nascente; a prospecção e definição de modelos dos dados necessários para o mapeamento; e o desenvolvimento do aplicativo em interface mobile definição das nascentes a serem cadastradas. Também será feita a coleta de água de algumas nascentes para análises e visitas a nascentes nos municípios de Sete Lagoas e Divinópolis para validar a metodologia de acompanhamento das nascentes e do sistema computacional.
Na primeira etapa foi feito um levantamento dos requisitos para construção de sistema computacional onde serão registradas as informações das nascentes. O sistema permitirá o cadastro e gerenciamento das nascentes e dos usuários que serão divididos em quatro grupos: cidadão comum, gestor do aplicativo, participante de organização não governamental (Ong) e agente do Igam. A versão inicial irá gerar relatórios com as nascentes cadastradas.
Já na etapa II, serão inseridos mecanismos para conferir a qualidade das informações cadastradas, inicialmente de forma manual e realizada por usuário com perfil gestor do aplicativo. A partir desta etapa, apenas informações de nascentes verificadas serão disponibilizadas para o público. São previstos relatórios com informações por região e bacias.
Na terceira etapa do projeto, o sistema permitirá registro do histórico das nascentes e sua evolução no tempo. Estão previstas avaliações em campo para validar a performance e usabilidade da aplicação e uma versão para Web do aplicativo.
“Ao final, espera-se que sejam definidos os principais parâmetros para acompanhamento da situação das nascentes no Estado”, observa o diretor geral do Igam, Marcelo da Fonseca. Para o professor Natã Goulart, coordenador do projeto, “o desenvolvimento do aplicativo é um grande passo para o conhecimento e divulgação da importância das nascentes, assim como para o fortalecimento de políticas para a conservação e recuperação das águas em Minas Gerais”.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema
Fonte: Portal do Meio Ambiente MG