O Plano começou a ser elaborado em fevereiro de 2008, com orientação, supervisão e acompanhamento do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Paraopeba e apoio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). A previsão é que o documento seja concluído no final deste ano, e terá um investimento de R$ 430 mil provenientes do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro).
No encontro, a consultora do Igam Patrícia Sena Coelho apresentou dados da qualidade das águas da bacia, que possui 30 estações de monitoramento. Segundo Patrícia Coelho, na região prevalece o Índice de Qualidade da Água (IQA) ‘Médio’, que aparece em 50% dos locais avaliados. O IQA ‘Bom’ representa 26,7% do total analisado, o índice ‘Ruim’ corresponde a 16,7% e o ‘Muito Ruim’ a 6,7%. “Os piores índices de qualidade das águas foram identificados na sub-bacia do rio Betim”, destacou. Patrícia relatou que a Contaminação por Tóxico (CT) é baixa na região e as maiores ocorrências também são registradas na bacia do rio Betim.
De acordo com dados do Igam, os principais responsáveis pela degradação da bacia do Paraopeba são o lançamento de esgotamento sanitário e efluentes industriais nos cursos de água sem o tratamento adequado, além do uso e ocupação irregulares do solo nas áreas urbana e rural. “Para recuperar a área é necessária a implantação e a otimização de sistemas de esgotamento sanitários nos municípios da bacia, implementação de programas e projetos para as atividades de agricultura e pecuária e investimentos em fiscalização ambiental”, observou Patrícia Coelho.
Durante a reunião, o coordenador técnico estadual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Maurício Fernandes, apresentou o estudo de caracterização do espaço geográfico de Betim e pontuou os principais problemas ambientais do município. A instituição disponibilizou para o comitê informações que permitem identificar áreas prioritárias para a recuperação e conservação ambiental e os locais com maior suscetibilidade à degradação.
O biólogo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Tales Viana, relatou os principais impactos ambientais registrados nas áreas de proteção da empresa na bacia, que somam 13.337 hectares. Segundo Viana, é preciso gerenciar o uso e a ocupação das áreas que ficam acima dos reservatórios da Copasa, que sofrem ameaças com a expansão e drenagem urbana, lançamentos de esgoto, mineração, dentre outras.
O secretário executivo do CBH Paraopeba, Mauro da Costa Val, informou que todos os dados e informações coletadas na reunião serão analisados e poderão ser contemplados no Plano Diretor. Ele explicou que o processo de elaboração do plano está dividido em quatro fases: diagnóstico e prognóstico, compatibilização de disponibilidades e demandas hídricas, planos de ações e investimentos e a conclusão do Plano. Costa Val afirmou que, atualmente, o Plano encontra-se em sua primeira fase de elaboração e que durante todo processo de desenvolvimento do documento serão realizadas reuniões e audiências públicas em todas as regiões rio Paraopeba.
20/05/2008
Fonte: Ascom / Semad
Bacia do rio Paraopeba discute plano diretor de recursos hídricos - Igam
Bacia do rio Paraopeba discute plano diretor de recursos hídricos
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Criado: Ter, 20 mai 2008 19:07 | Atualizado: Ter, 27 ago 2024 17:39