O Fórum Nacional de Gestores de Recursos Hídricos foi criado no final de 2007 com intuito de fortalecer o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Fazem parte do Fórum, que tem como secretário executivo o diretor-geral da Superintendência de Recursos Hídricos da Bahia, Júlio Rocha, 28 entidades relacionadas à gestão de águas no país. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) faz parte da coordenação administrativa e foi representado na reunião do dia 16 por sua diretora-geral, Cleide Izabel Pedrosa de Melo.
Durante o encontro foram apresentadas as experiências de monitoramento do programa Águas de Minas, desenvolvido em Minas Gerais, e ações de monitoramento no Estado de São Paulo, além de uma visão da Agencia Nacional de Águas (ANA) sobre o monitoramento no Brasil. Reuniões como esta são importantes, pois promovem troca de experiências, que por sua vez refletem no aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, afirma Júlio Rocha.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, elogiou a iniciativa do Fórum e ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelo Igam no Estado. Minas é um dos poucos Estados que têm 98% de suas águas superficiais monitoradas e está em implementação do monitoramento das águas subterrâneas, observou.
A quinta reunião do Fórum acontece nos dias 10 e 11 de julho, em Salvador, e terá como tema a fiscalização. Em outubro, nos dias 09 e 10, a sexta reunião do Fórum, em Curitiba, será voltada para Planos e Enquadramentos de Recursos Hídricos.
Águas de Minas
Em Minas Gerais, o monitoramento da qualidade das águas é realizado há 11 anos pelo Igam, por meio do Projeto Águas de Minas. Atualmente existem 460 estações de monitoramento, distribuídas em oito bacias hidrográficas, abrangendo mais de 98% da área estadual. Os dados gerados são divulgados anualmente e indispensáveis ao gerenciamento correto dos recursos hídricos no Estado, afirma a diretora de Monitoramento e Fiscalização Ambiental do Igam, Marília Melo.
As coletas de água são realizadas em campanhas trimestrais, nas quais são analisados até 50 parâmetros físico-químicos, biológicos e ecotoxicológicos. O trabalho possibilita que o Sistema Estadual de Meio Ambiente identifique as áreas mais degradadas, implemente ações estratégicas, aperfeiçoe seus instrumentos gerenciais e acompanhe a efetividade das ações de controle das fontes de poluição e degradação ambientais, observa Marília Melo. Segundo ela, o monitoramento quantitativo dos recursos hídricos no Estado é realizado desde 1997 pelo Sistema de Monitoramento Meteorológico e de Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), instalado no Igam. O Simge opera 265 Estações Hidrometeorológicas, entre elas, 17 Plataformas de Coletas de Dados, que possibilitam a vigilância e a previsão quantitativa do tempo, do clima, e do comportamento hídrico, explica.
De acordo com a diretora do Igam, os dados gerados são ferramentas importantes para a definição de políticas e ações de preservação ambiental, socioeconômicas e de defesa da população, inclusive, em função de fenômenos adversos, como enchentes, estiagens e temporais severos.
Data: 19/05/08
Fonte: Ascom / Sisema